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Alberto Ferreira Pinto Basto
Embora não tivesse nascido no nosso concelho, devemos ter Alberto Ferreira Pinto Bastos em consideração, pois foi, no seu tempo, antes da Implantação da República, um dos homens que mais influência teve em Ílhavo, dedicando-se com verdadeira paixão aos interesses da terra.
Nascido em Coimbra em 1861, filho de Alberto Ferreira Pinto Basto e de Isabel Ferreira Pinto Basto, foi um grande influente político no tempo da Monarquia. Ligado à família Pinto Bastos, descendente do Fundador da Fábrica da Vista Alegre, viveu parte da sua vida na Ermida.
Foi Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo nos anos 1883, 1888, 1898, 1903, 1908 e 1910, assistindo com desgosto à extinção do Concelho, em 1895.
Um fato digno de nota, que merece registo, é que, após a extinção do Concelho de Ílhavo, o arquivo de documentos tiveram que ser enviados para Aveiro, mas, em segredo, Alberto F. Pinto Basto levou para sua casa a Bandeira do Batalhão da Guarda Nacional de Ílhavo que em 1838 tomou parte nas lutas constitucionais. Quis, assim, salvar aquele símbolo do nosso heroísmo e do nosso amor à liberdade.
Restaurado o Concelho em 1898, em que muito trabalhou para a sua independência, concorrendo imenso para que o Conselheiro José Luciano de Castro, então à frente do governo, favorecesse os desejos dos Ilhavenses, fez transportar com todas as honras para o edifício da Câmara a bandeira que tinha, bem ocultada, na sua posse.
Mais uma vez nomeado Presidente da Câmara conforme despacho de janeiro publicado no Diário do Governo, tomando posse da Comissão de Presidência, cujos vogais eram Augusto de Oliveira Pinto, Henrique Cardoso Figueira, Carlos Celestino Gomes, Augusto do Carmo Cardoso Figueira, sendo delegado do Governador Civil o Dr. Manuel Mário da Rocha Madail.
Proclamada a República, alheou-se da política, fixando a sua residência em Ançã, conservando, todavia, a lealdade às ideias que professava.
Morreu em Ílhavo em 28 de setembro de 1929, tendo o seu corpo sido transportado para o nosso cemitério, sendo, mais tarde, transladado para Ançã.