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Conselheiro António José da Rocha
Nasceu em Ílhavo em 8 de outubro de 1811. Foram seus pais Manuel da Rocha Fradinho e Joana Clara da Assunção.
Fez os seus primeiros estudos na sua terra natal e no ano de 1826/1927 frequentou o Colégio de artes, em Coimbra. Foi em Coimbra também que frequentou a faculdade de Direitos. Concluiu a sua formatura em 1 de junho de 1836.
Auxiliado do seu amigo, conselheiro José Ferreira da Cunha e Sousa, iniciou a construção do primeiro teatro que houve em Ílhavo.
Construída a nova casa de espetáculos e preparada a primeira representação, de que o novo advogado era ensaiador, faltou a música contratada, que era da fábrica da Vista Alegre. O Dr. António José da Rocha resolveu imediatamente organizar uma filarmónica (a Música Velha) com pessoas de Ílhavo, garantindo ele próprio a compra de instrumentos, e obteve o concurso gratuito, como mestre do então juiz ordinário José Vicente Soares, antigo regente de uma banda militar, que em 1826/1828 dirigida a Vista Alegre. Neste mesmo ano (1836) conseguiu organizar a Guarda Nacional do Concelho e o Dr. António José da Rocha foi eleito Major, como testemunho de apreço dos seus conterrâneos. Um ano depois foi também eleito Presidente da Câmara Municipal. Em 1840 foi nomeado delegado procurador régio da Comarca de Aveiro, donde foi transferido, no ano seguinte, para a de Mangualde, casando aqui com D. Maria Emília Teixeira de Almeida Queirós.
Em 1849 foi colocado em Estarreja como delegado procurador régio, donde foi transferido para a Feira, em 1851. Em 1854 foi nomeado juiz de direito em Pinhel, passando depois para a de Ovar (1855), Arouca e Feira (1858), Montemor-o-Velho e Bragança (1862), Lisboa (1862/1869), Açores (1870), Porto (1872) e nomeado vice-presidente da relação da mesma cidade em 1882, sendo no ano seguinte promovido a Juiz do Supremo Tribunal de Justiça.
Enquanto juiz da 1ª Instancia em Lisboa, o Dr. António José da Rocha, desempenhou uma comissão importante na Comissão Revisora do Código Civil.
Em 1 de setembro de 1865 foi eleito deputado pelo círculo de Ovar e em 1879 novamente eleito por Ponte de Lima. Nesse ano foi agraciado, por proposta do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça, com a Comenda da Ordem Militar da Nossa Senhora da Conceição, pelos serviços prestados na magistratura judicial.
Faleceu em 1 de janeiro de 1904, com 93 anos de idade.